6 de setembro de 2010

Crises Existênciais

Nas minhas crises existenciais
Sinto medo de olhar para frente
De ficar perto de gente
Minhas pernas não querem
Andar na direção do futuro
Não existe futuro, apenas o vazio
Eu rio para não chorar

Nas minhas crises existenciais
Perco a vontade de pular da cama
De amar quem me ama
Meu coração não contenta
Torna-se pedra de tão duro
Só quero solidão, um suspiro tardio
Eu choro para não dormir
Nas minhas crises existenciais
Não vejo nada no meu caminho
Sou um estranho no ninho
Meus pensamentos escurecem
Não há luz, somente um muro
Que me separa da realidade, vida vil

Eu durmo para não morrer


(
Blueye)

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